terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Festa de Encerramento da Confraria da Paixão do ano de 2012!

A Confraria da Paixão realizou no sábado, dia 15, sua Festa de Encerramento do ano de 2012. Dela participaram os atores, alunos e alguns convidados. Além do brinde à alegria, ao teatro e ao amor, e do jantar de Natal, a festa terminou com o tradicional "Amigo Sacana", para  alegria e deleite de todos. A Confraria agradece a todos pelo carinho e pela crença  que moveu o espírito de cada um, durante o ano inteiro, de que o teatro pode transformar as pessoas e dar a elas a consciência de que o mundo pode e precisa ser transformado. E ainda, pela crença de que qualquer transformação somente pode ocorrer com respeito à educação e a emancipação cultural do povo de nosso país. Boas Festas a todos!
































































domingo, 2 de dezembro de 2012

Segundo Cordel na Confraria!

A Confraria da Paixão realizou neste último sábado, dia 1 de dezembro, às 20 horas,  em sua sede, o segundo Cordel na Confraria. Apesar da chuva que castigou a noite da cidade de São Paulo, o evento contou com quase trinta pessoas.

O segundo Cordel na Confraria abordou a chegada do cordel no Brasil, a influência da cantoria, e também rendeu uma homenagem aos quatro pioneiros de nosso cordel: Silvino Pirauá de Lima, Leandro Gomes de Barros, João martins de Athayde e Francisco das Chagas Batista. O evento, que é coordenado por Luiz de Assis Monteiro, ator e diretor artístico da Confraria, e também poeta e pesquisador de cordel, é realizado de maneira bem informal. descontraída e dinâmica, onde as informações são pontuadas pela leitura de folhetos. Foram lidas partes dos folhetos: Capitão do navio, de Silvino Pirauá de Lima, o Testamento do cachorro e o Cavalo que defecava dinheiro, de Leandro Gomes de Barros e a Escrava Isaura, de Francisco das Chagas Batista. As leituras foram feitas por Ph. Bueno, Érick Mozer e Luiz de Assis Monteiro.

Foi prestada também uma homenagem a Ariano Suassuna, um dos maiores pesquisadores e defensores de nossa cultura popular, e feita uma abordagem de sua clássica obra teatral, O Auto da Compadecida, que foi criada a partir de três folhetos de cordel: O testamento do cachorro e o Cavalo que defecava dinheiro, de leandro Gomes de Barros e O castigo da soberba, de autor anônimo.

Na segunda parte, depois de um coquetel/lanche, que não pode faltar, foi prestada uma homenagem à poeta cearense, Dalinha Catunda. E oferecido ás mulheres presentes e para o deleite de todos, a atriz Daisy Alves leu o folheto de Dalinha, Não deixe o homem me bater, nem em seu atrevimento! O encerramento foi feito com o lançamento de dois novos folhetos: Guga, o menino que perdeu os amigos, de Teotônio Flores, destinado ás crianças, que trata do bullying na Educação Infantil; e também A mulher que perdeu a teta no sufoco do metrô, um cordel fescenino, de Amâncio Paixão, que versa sobre o caos do transporte público na cidade de São Paulo. As capas destes dois folhetos foram criadas por Solange Rua. 

Os folhetos estão à disposição para compra na Confraria, ou pelos correios. para adquiri-los, é só fazer seu pedido por e-mail confrariadapaixao@gmail.com. Abaixo, as capas e os primeiros versos do cordeis que foram lançados:


Guga, o meninos que perdeu os amigos, de Teotônio Flores


"Eu vou contar uma história
De um menino encrenqueiro
E encrenqueiro é aquele
Que faz encrenca o tempo inteiro
Para ele, só existe ele
E acha que o mundo é dele
Além de ser bagunceiro

Ele não escuta ninguém
E só faz coisa mal feita
Na escola maltrata os colegas
A professora não respeita
E na hora do recreio
Quando o pátio está bem cheio
É aí que ele se aproveita"


A mulher que perdeu a teta no sufoco do metrô, de Amâncio Paixão

"Amigo, não brinca não
O Metrô tá de cagar pelado
Não digo que tá uma bosta
Porque sou um sujeito educado
É aquele empurra. espreme, esmaga
Se não cuidar o nego se caga
De tanto que ele é apertado

É aquele bando de cabeças
De todas as raças e cores
Sem falar na mistureba
De suvacos, perfumes e odores
É o Brasil ali reunido
Alegre, descontraído
Se esfregando sem pudores"